COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL "Isaac Portal Roldán" - UNESP, BAURU-SP 2010 Disciplinas: Laboratório de Informática Aplicada - Prof.Rodrigo F. de Carvalho e Estatística - Luiz Eduardo Comin
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Internet, zero absoluto na campanha eleitoral
FICO MAL quando vejo o que rola na eleição para presidente. Não por causa de quem ganha ou perde -não apoio nem torço por nenhum candidato. Fico mal pelo papel zero desempenhado pela internet. Lembra do Obama, azarão até dentro do partido dele, tendo de enfrentar a preferida da máquina democrata, Hillary Clinton? Pois é, foi a internet que virou o jogo. Com um site superengenhoso, Obama montou uma fantástica fábrica de arrecadação. Usou redes sociais para formar uma base de apoio "grassroots", com pequenos grupos, em cada rua, em cada bairro, unidos em torno do seu nome. Pode-se argumentar que não deu em nada. Que a esperança de um "wikipresidente", de uma Presidência 2.0, de uma democracia participativa on-line, não se realizou (nem dava -ser presidente dos EUA é uma terrível forma de solidão). Mas a vitória de Obama foi um ponto de inflexão. Um cara diferente chegou lá de um jeito diferente. E não é só coisa de americano. Na Colômbia, o segundo colocado na eleição para presidente, Antanas Mockus, era até outro dia um tremendo zé-ninguém. Até que a galera da internet abraçou sua candidatura e quase o elegeu (ele perdeu no segundo turno para um oligarca das antigas). Engraçado que Mockus é do Partido Verde, como Marina Silva. Achava-se que ela seria uma webcandidata, um fenômeno digital. Não foi. Porque, no Brasil... Site eficaz de arrecadação é totalmente inútil. O dinheiro jorra fácil, sempre dos mesmo doadores "superdesinteressados" -basicamente, bancos e empreiteiras. Presença nas redes sociais? Não, aqui eleição se ganha à base de paternalismo, carisma e cascata. E mais da metade da população, como mostrou esta semana o IBGE, não acessou a internet em 2009. Eleição 2010? Está mais para 1910.
Facebook é o vilão do boletim, diz estudo
NA ÚLTIMA semana, foi publicado um estudo feito na Holanda que sugere uma relação entre o uso do Facebook e um pior desempenho dos alunos na escola. Apesar de ser uma pesquisa inicial, feita com cerca de 200 jovens, ela traz considerações interessantes. Segundo o estudo, jovens que ficam conectados a redes sociais têm notas 20% piores do que aqueles que não permanecem conectados. Qual seria a causa? Quem usa internet sabe que é comum ter várias janelas e canais de comunicação abertos ao mesmo tempo. Assim, enquanto faz pesquisas escolares e estuda, o jovem também "conversa" com amigos, posta mensagens e fotos, checa o que seus amigos escrevem, baixa música e vê filmes. Mal comparando, é como se você abrisse um livro para estudar para uma prova, mas também estivesse falando ao telefone, lendo uma revista e assistindo à televisão. É lógico que a atenção e a concentração devem ficar prejudicadas, e a qualidade do estudo cai. Muito já se disse sobre a capacidade dessa geração de ter uma atenção flutuante, ou seja, poder fazer várias coisas ao mesmo tempo, sem prejuízo da qualidade com que executa as atividades. Vamos combinar que isso é difícil de acreditar, não é? Há um limite para isso! Além do que, quem passa horas conectado às redes sociais acaba tendo menos tempo para estudar. Aliás, esse foi outro resultado da pesquisa. Talvez tudo isso aponte para uma constatação óbvia: para focar sua sua atenção na hora de estudar talvez seja uma boa ideia ficar off-line das redes sociais. Da mesma maneira que é bom desligar a TV na hora de ler um livro, certo? Um grupo de pesquisa está fechando estudo de uso de internet com mais de 10 mil jovens de todo o Brasil. Daqui a algumas semanas, conto o que constatamos. Por enquanto, para saber mais sobre essa pesquisa, acesse bit.ly/csptgz. É isso!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Computador transforma aulas em escola de SP
Escola municipal é uma das que integram um projeto-piloto do MEC; meta é dar equipamento para mais 300 colégios.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O uso de computadores por estudantes está relacionado a um pior desempenho
Inclusão digital equivocada
As políticas de inclusão digital, que estimulam o uso de computadores nas escolas, podem estar gravemente equivocadas, de acordo com um estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A pesquisa mostra que o uso de computadores para fazer tarefas escolares está relacionado ao pior desempenho dos alunos - principalmente entre os mais pobres e mais jovens.
O trabalho, publicado na revista Educação e Sociedade, foi coordenado por Jacques Wainer, do Instituto de Computação, e por Tom Dwyer, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. A equipe utilizou dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2004.
Mais computador, nota mais baixa
"Existe hoje uma posição dominante favorável ao uso do computador nas escolas, como se ele estivesse associado a uma melhoria uniforme no desempenho do aluno. Mas constatamos que ocorre o contrário: entre alunos da mesma classe social os que sempre usam têm pior desempenho", disse Wainer à Agência FAPESP.
Do ponto de vista de políticas públicas, o estudo aponta que é preciso entender melhor o fenômeno do impacto dos computadores nas notas dos alunos antes de defender a inclusão digital baseada na distribuição de tais equipamentos.
O pesquisador destaca que a avaliação de que o computador é uma ferramenta neutra é equivocada. "Como o computador é bom para nós, professores, por exemplo, tendemos a achar que ele é útil para todos. Mas ele não é uma solução mágica para a educação", disse.